Ondina Becker
Foto: divulgação
Em setembro, nos dias 24 e 25, São Paulo será sede da primeira edição da Ski & Golf Fair. O evento, que se realizará na Fecomercio, é uma iniciativa da empresária e gestora da Moinhotur, Ondina Becker.
“Nosso objetivo é justamente este, capacitar os agentes de viagem, para que eles possam atender, escolher e mostrar aos seus clientes os melhores produtos do mercado para golfe e esqui”, diz.
Em relação a esse universo que está em franco desenvolvimento no País, a empresária complementa: “Temos 75 mil esquiadores, que viajam duas vezes por ano para a prática de esqui, e 25 mil golfistas que viajam cerca de três vezes por ano com suas famílias para jogar no exterior em viagens que mesclam golfe e lazer. É um público muito importante para as agências e operadoras que se especializarem neste segmento. E, embora os praticantes dessas duas modalidades estejam entre os que mais viajam, os golfistas à procura de novos campos e os esquiadores de pistas, apenas 53% das viagens dos esquiadores e 20% das dos golfistas são emitidas por agências no Brasil”, avalia Ondina. “Os demais passageiros organizam as viagens por conta própria, deixando de se beneficiar, quase sempre, das vantagens de contar com um profissional à frente de sua programação”, completa.
Sobre o mercado brasileiro voltado para esses dois segmentos — golfe e esqui — e seu potencial, Ondina observa: “Em relação ao esqui, não há dados de crescimento justamente por falta de uma entidade associativa, mas, quanto ao golfe, a Confederação Brasileira de Golfe aponta aumento significativo no número golfistas federados no comparativo entre 2012 e 2011. E este potencial, o de golfe em particular, é imenso, tendo em vista realização das Olimpíadas, em 2016, com a construção de campos públicos para a prática esportiva”.
Sobre o formato da primeira edição da a Ski & Golf Fair, Ondina antecipa: ”Tentei mesclar dois grandes eventos do setor, o Mountain Travel Simposium, de esqui, com o IGTM (de golfe) em um único momento, uma vez que o público golfista muitas vezes também pratica esqui e vice-versa”. Sobre as suas expectativas em relação ao evento, a empresária admite: “Espero que os resorts, campos de golfe, estações de esqui, hotéis e operadores possam desmistificar a dificuldade na venda destes produtos e que os agentes possam ter um melhor conhecimento dos esportes para criar um novo mercado, com ganho substancial em suas atividades”. Como exemplo, ela cita: “Imagine que se cada agente visitante vender apenas um pacote para um destino e/ou esporte com valor mínimo de US$ 1.800, isto vai gerar um movimento estimado em US$ 1.440.000, considerando-se que serão 800 visitantes em dois dias. Nada mal para a edição de estreia do evento”.
Os expositores: Nascimento Turismo, Snowtime, Solden, Kitzbuhel, Club Med Villages, Hilton Hotels, IMG Academy, Golf Corporate Brasil, Argentina, Canadá e Peru.
Sobre o Golfe e o Esqui no mundo e o Brasil
A reestreia do golfe nos Jogos Olímpicos promete atrair os principais jogadores de nível internacional. Ainda visto como um esporte elitizado, hoje recebe maior incentivo e abertura para novos praticantes, considerando-se os grandes e prósperos investimentos dos hotéis, clubes e campeonatos, tanto no Brasil como internacionalmente.
No Brasil, segundo Ondina Becker, as regiões Sul e Sudeste concentram o maior número de golfistas, porém são as que mais demandam construção de campos públicos de golfe. “No Nordeste, temos o maior número de resorts com campos de golfe, nos quais a prática do esporte ocorre em conjunto com as atividades de lazer e turismo”. Economicamente, em termos de receita, o País ainda engatinha. Dados do setor mostram que, no Brasil, a atividade movimenta R$ 100 milhões por ano, entre receitas de clubes, competições, equipamentos e viagens. Um valor ainda muito tímido diante da cifra de US$ 350 bilhões que o golfe movimenta em termos mundiais.
No esqui, embora com uma condição climática que não propicia a prática, o Brasil, lidera grande parte dos rankings latino-americanos de suas modalidades, principalmente em snowboarding e cross-country ski. Com grandes destaques e estímulo à atividade, o Brasil demonstra cada vez mais interesse pelos destinos de neve. Os resorts internacionais, de olho nesse grande mercado, investem cada vez mais em serviços e estrutura para atender ao exigente passageiro brasileiro.
Sobre isso, Ondina afirma: “Verifica-se contínua demanda por esqui em todos os Estados do País, mas, no ranking geral, as cidades de São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro são as que mais detêm esquiadores aficionados”.
