Pedro da Costa Lima, campeão
Foto: Thais Pastor/CCSP

Pedro da Costa Lima, o Pepê, fez a melhor volta dos dois dias do torneio para vencer o 47º Aberto Masculino do Clube de Campo de São Paulo Embrase, encerrado nesta segunda-feira, 2 de novembro, Dia de Finados, no campo às margens da Represa de Guarapiranga, na Zona Sul de São Paulo.

Pepê, que venceu com 143 (70-73) tacadas, uma acima do par, havia começado o dia empatado em primeiro com Carlos Cândido, que largou melhor e liderou até o buraco 13, antes de subir cinco tacadas nos seis buracos finais, somar 147 (70-77) e ainda perder o vice-campeonato para Roberto Gomez (73-74) nos critérios de desempate (melhor volta final).

Joakim, Roberto, Pepe, Candido, Padula e Marco Antonio
Foto: Thais Pastor/CCSP

Depois de muita chuva na rodada de abertura, quando o jogo chegou a ser interrompido por quase uma hora, a volta final foi marcada por um tempo abafado e quente, com os temporais previstos vindo apenas em forma de dois rápidos chuviscos. Mas como havia chovido a noite toda, foi adota a Regra de Inverno, permitindo levantar, limpar e recolocar a bola através do campo, rough inclusive. Mas quase não foi necessário utilizar a regra de exceção, pois a boa drenagem do campo não deixou zonas enlameadas, a não ser em alguns lugares fora da raia.

Fabiano Pires Vieira, Paulo Praeiros Silva e Ernesto Ian Knizek, categoria de 8,6 a 14
Foto: Thais Pastor/CCSP

Comemoração – “Estou muito feliz de vencer novamente no Clube de Campo, um dos melhores torneios do Brasil, onde não vencia desde 2011” diz Pepê, que vai terminando o ano com uma média impressionante de resultados. “Joguei apenas quatro torneios neste ano e fui quarto colocado no Sul-Brasileiro, do ranking nacional, ganho pelo uruguaio Juan Alvarez, perdi no playoff do Aberto do Quinta do Golfe para Leonardo Yoshikawa, e depois venci o Aberto do São Paulo, o meu clube, pela quinta vez, agora no Clube de Campo”, conta Pepê.

Carlos Cândido, o outro líder da véspera, depois de completar os 18 buracos da estreia com apenas 28 putts, aguentou a pressão de jogar ao lado de Pepê, um dos mais premiados jogadores brasileiros, durante boa parte do dia. Cândido, que jogava em casa, isolou-se em primeiro ainda no começo da rodada e ampliou sua vantagem para duas tacadas até o 12. Um bogey no 13, deixou Cândido apenas uma à frente, resultado que se inverteu no 14, quando ele fez bogey contra birdie de Pepê. A partir daí Cândido subiu mais três tacadas nos quatro buracos finais, enquanto Pepê fazia par em todos para ser campeão sem ser mais ameaçado.

Destaques – Roberto Gomez, que tentava vencer o Aberto de seu clube pela 13ª vez, nunca teve chances de vencer. No 18, um par cinco, ele ficou curto do green com a terceira tacadas, mas salvou a par com um bom approach para ainda empatar com Cândido e tirar dele também o troféu de vice-campeão. Tanto Cândido quanto Gomez estavam jogando sua sétima volta de golfe em nove dias, depois de terem defendido o Brasil no Campeonato Sul-Americano Sênior, no Clube Curitibano, na semana anterior. No Sul-Americano, eles foram terceiro colocados por equipes, com Gomez terminando também em terceiro no individual e Cândido em sétimo.

Fernando Barreto, que jogava em casa e defendia o título ganho em 2014, quando ganhou com um hole-in-one na volta final – o primeiro de sua carreira -, começou a duas tacadas dos líderes, mas não foi bem nos buracos finais, para terminar em quarto, com 149 (72-77). Rodrigo Leme, também do Clube de Campo, igualou a melhor volta da rodada final, para ainda terminar em quinto, com 151 (78-73) tacadas, empatado com o juvenil Victor Pinto, de São José (73-78). Paulo Mattos, do Vista Verde, que tentava vencer seu sétimo título do ano e vinha de um terceiro lugar, sábado no Aberto do Terras de São José, desta vez ficou em sétimo, com 153 (73-80).

Mais campeões – O bom resultado final de Rodrigo Leme garantiu a ele o título da categoria com index até 8,5, com 137 tacadas, cinco abaixo de seu handicap. Barreto, que também somou 137, ficou com o vice-campeonato nos critérios de desempate, seguido por Luis Carlos Mello, do São Paulo Futebol Clube, com 144. Paulo Praeiros, o Paulo Russo, do Paradise, somou 137 para vencer na 8,6 a 14, seguido por Fabiano Vieira, do Ibiúna GC, com 144, e Ernesto Knizek, do Clube de Campo, com 145.

Na 14,1 a 19,4, mais um título para o Clube de Campo, com Ênio Ribeiro da Silva, da IMM (ex-IMX), que organiza os principais campeonatos profissionais do Brasil, vencendo com 151, seguido por José Francisco Schiavo, do Champs Privès, com 152, e Ricardo Gonçalves, do São Fernando, com 154. O juvenil Francisco Corrales, do Clube de Campo, havia terminado em primeiro, com 150, mas seu resultado com handicap não pode valer por ele não ter o número mínimo de cartões exigido pelo regulamento nas competições com handicap. Na 19,5 a 25,7 venceu Mário Dias, de Itapeva, com 144 tacadas, seguido por Nelson Sato, de Ibiúna, com 148, e por Lourenço Mendonça, do Clube de Campo, com 153.

Premiação – Os prêmios foram entregues durante um coquetel com música ao vivo, onde foram servidos vinhos da Grand Cru e cervejas Heineken. Os campeões das cinco categorias ganharam, além dos troféus, vinhos especiais da Grand Cru e kits de latinhas da Slow Cow. Joakim Thrane, que não jogou para ser o caddie de Sebastian, um de seus filhos (Stefano também jogou),comandou a entrega de prêmios ao lado de Antônio Padula, presidente da Federação Paulista de Golfe, e Marco Antônio, da Embrase. No final, foram sorteadas hospedagens oferecidas pela Resorts Online e brindes dos patrocinadores.

O 47º Aberto do Clube de Campo de São Paulo teve o patrocínio Master da Embrase, patrocínio da Grand Cru e apoio da Heineken, Fit Massagem, Viva Amazon, Mary Kay, Rio, Juxx, Scania, Nespresso, Slow Cow, Epidermis Cosméticos, Resorts Online, E-Z-GO, Andrea Mohad Charutos e Federação Paulista de Golfe. Ninguém ganhou o cart oferecido pela E-Z-GO para quem fizesse um hole-in-one.