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Jaime Gonzalez é o eleito de 2023 para o Hall da Fama do Golfe Brasileiro

Jaime Gonzalez, Hennessy Cup 1982

Jaime Gonzalez, de 69 anos (25/07/1954), que conquistou alguns dos maiores feitos do golfe nacional, como amador e profissional, foi eleito para ingressar no Hall da Fama do Golfe Brasileiro, em 2023. A cerimônia de indução será na sexta-feira desta semana, 10 de novembro, no Campo Olímpico de Golfe do Rio de Janeiro (RJ), paralelamente à cerimônia de premiação do Campeonato Brasileiro Sênior da ABGS (Associação Brasileira de Golfe Sênior).

Jaime junta-se assim a seu pai, Mário Gonzalez (1922 – 2019), e a seu tio, José Maria Gonzalez Filho, o Pinduca (1937 – 2019), os primeiros induzidos, ainda em 2019, ano de criação do panteão dos imortais do golfe brasileiro. Lá estão ainda Elisabeth Nickhorn e Ricardo Rodolfo Rossi (1929 – 2016) eleitos em 2020; Seymour Marvin (1916 – 2005), o escolhido de 2021; e Fernando Chaves Barcellos (1935 – 2022) e José Joaquim Barbosa (1940 – 2021), induzidos no ano passado. Beth Nickhorn e Jaime são os únicos até agora a receber o honraria em vida.

Recordes – Jaime protagonizou alguns dos maiores feitos do golfe nacional, como ter sido o primeiro brasileiro a jogar no PGA Tour, e por três temporadas (1978, 1980, 1981), tendo como destaque um quinto lugar no Sammy Davis Jr. – Greater Hartford Open de 1980. Jaime também jogou seis temporadas completas no Tour Europeu (1982 a 1987), onde foi campeão de um torneio, o St. Mellion, em 1984, ano em que terminou como número 16 do ranking de prêmios do circuito europeu.

Mas o auge de Jaime se deu no The Open, um dos quatro torneios do Grand Slam do golfe mundial, onde ele passou o corte quatro vezes, a primeira delas em 1977, em Turnberry, na Escócia, para receber seu primeiro cheque como profissional justamente num major. Jaime foi finalista nesse que é o torneio mais antigo do mundo outras três vezes, tendo como destaques o 28º lugar de 1984, em St. Andrews, onde estreou em quinto e passou o corte entre os Top 10; e seu recorde, o 20º lugar no Royal St. George’s, em 1985, em sua última participação o The Open, quando chegou ao buraco 11 da volta final a uma tacada do líder.

Primeiros torneios – Logo que se profissionalizou, Jaime representou o Brasil na World Cup, em 1978 e 1979. Depois, integrou as equipes de 1982 e 1984 do time do Resto do Mundo na Hennessy Cognac Cup competição profissional bienal jogada de 1976 a 1984, em anos em que não havia Ryder Cup, enfrentando times da Grã-Bretanha/Irlanda e da Europa Continental. Jaime também representou o Brasil na primeira edição da Alfred Dunhill Cup, que reuniu 16 países, em St. Andrews, em 1985.

Jaime venceu ainda a gira sul-americana de 1980, precursora do PGA Tour Latinoamérica, onde ganhou um torneio em Barranquilla, na Colômbia, e teve dois vice-campeonatos e mais dois Top 10, resultados que o classificaram para o The Open de 1981, onde jogou 70 no segundo dia para passar o corte, antes de terminar em 47º lugar.

Amador – Os feitos de Jaime como amador não ficam atrás. Ele foi quatro vezes campeão brasileiro, sendo três delas (1969, 1971 e 1972), como juvenil, e outra em 1976, quando já morava nos EUA e defendia a Oklahoma State University. Mas o feito de maior impacto de Jaime como amador, foi ter sido o primeiro colocado individual no Mundial Amador de Golfe por Equipes (WATC), em La Romana, na República Dominicana, em 1974, empatado com o Jerry Pate, dos EUA, o time campeão. O Brasil, jogando ainda com  Priscillo Diniz, Ricardo Rossi e Rafael Navarro, conquistou seu maior feito na competição ao ser medalha do bronze.

Jaime foi um dos pioneiros e mais bem sucedidos brasileiros na NCAA, o campeonato universitário dos EUA, onde defendeu a Oklahoma State University em quatro temporadas, do segundo semestre de 1973 ao primeiro semestre de 1977. Nesse período, ele foi escolhido para o 1st Team All America, em 1975, para o 2nd Team All America, em 1976; e para o 3rd Team All America, em 1974 e 1977. Jaime venceu cinco importantes torneios universitários, incluindo o Big 8 Championship de 1974, e o Sunnehanna Amateur Championship de 1975, ano em que foi ainda Top 10 individual no NCAA Championship.

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