Por que o treinamento sem orientação não funciona

 

Foto: divulgação

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Atualmente é difícil conhecer um jogador de golfe que leve seu jogo a sério mas não entenda a importância da preparação física. Como em qualquer esporte, o pilar físico está na base da pirâmide da performance. Seu swing vai depender inteiramente do que seu corpo consegue realizar. Se faltar mobilidade, estabilidade, propriocepção ou potência, seu jogo vai sofrer. Não importa o quão boa sua técnica ou quão caro seu equipamento é.

Por esta razão, muitos golfistas hoje procuram conhecimento sobre os melhores exercícios para melhorar o jogo. Na internet, nas mídias sociais e em livros existem uma variedade de fontes (umas mais confiaveis que outras) onde se encontram programas e exercícios funcionais que prometem melhorar sua performance.

Mas como todo programa, ele precisa ser adaptado às suas necessidades. Como acontece com as dietas ou os tratamentos médicos, cada caso é um caso. Pegar informações quebradas aqui e lá vai contribuir para aumentar a chance de frustração, pois nem sempre aquele programa vai funcionar e o pior,  pode causar lesões, pois muitos exercícios que se vem nas mídias sociais e na internet são pura invenção para conseguir mais likes ou mais seguidores.

As vezes os exercícios mais simples são os mais eficientes. Subir numa bola de pilates e simular o swing é tão eficiente quanto a dieta do abacaxi. Pode ser que ajude em certos aspectos, mas quase certeza vai trazer mais malefícios do que beneficios.

Ilustração

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De acordo com o TPI, as causas mais comuns para o insucesso de copiar exercícios sem prescrição personalizada são:

  1. Falta de exercicios corretivos: O primeiro passo num treinamento é identificar deficiências para poder a seguir corrigi-las. Esta é a parte “chata” do treinamento. Cortar caminhos e pular a fase de correção de padrões motores errados, faz com que o jogador insista no erro e impede a aprendizagem da técnica correta alem de aumentar a chance de lesões.
  2. Uso inapropriado do alongamento: O alongamento pode ser utilizado no treino em dois momentos. Com movimentos dinâmicos no inicio da sessão e no treino de flexibilidade. Um é diferente do outro, em execução, intensidade, duração e principalmente objetivo. O uso inapropriado do alongamento pode prejudicar a performance e agir como treino concorrente do que o jogador realmente precisa. Alem disso nem sempre a tensão muscular é causada por falta de flexibilidade. Uma articulação instável vai causar diminuição da amplitude de movimento. Alongar neste caso é ineficiente.
  3. Entrar no treino de potência antes da hora: Acelerar o processo não é inteligente. Os exercícios de potência realmente parecem mais interessantes. Arremessos de bola, saltos, kettlebell. São aqueles exercícios que vemos o Jordan e o Rory fazer e queremos imitar pois deve ser por isso que eles batem tão forte, certo? errado… treinar potência sem antes ter uma base firme, um corpo coordenado, funcional e principalmente com capacidade de controlar o movimento de potência, aumenta consideravelmente a chance de lesão. Flexibilidade sem estabilidade é perigoso, mas treinar potência sem mobilidade e/ou estabilidade é suicidio.
  4. Falta de treino em 3 planos: O movimento do golfe acontece em três planos. Frontal, sagital e transverso. Todas as articulações se movem em harmonia nestes planos durante o swing, mas o que se vê muito, são os treinos em um plano só. Sentados numa maquina, ou fazendo movimentos somente para a frente (plano sagital) como o avanço e afundo, ou então trabalhando a rotação (plano transverso) em excesso. É mais interessante para a aprendizagem motora e desenvolvimento do atleta como um todo, incorporar movimentos tridimensionais, como o afundo com puxada na transversa, ou pulos com saltos em dois planos. Cada um depende do objetivo a ser corrigido ou reforçado. Reforço novamente, cada caso é um caso.
  5. Isolar músculos em vez de integrar: A maneira “old school” de treinar, dia de pernas, dia de tríceps e peito, dia de costas e bíceps. É considerada ultrapassada hoje. Esse tipo de treino faz sentido quando o que se busca é exaustão completa e fadiga do músculo, como acontece no treino de hipertrofia para fisiculturismo. Neste treino as máquinas onde se isolam músculos e articulações, tem seu papel. Mas no treinamento funcional do atleta não faz sentido, pois oq ue queremos é construir um corpo que se mova com qualidade. Que execute tarefas utilizando de maneira integrada todo o corpo. O objetivo é treinar movimentos, não músculos.

Concluindo, copiar exercícios sem um objetivo claro e sem orientação de um profissional não vai te trazer os benefícios que você espera. O barato pode sair caro e uma lesão qu vai te afastar do campo,  causada por um exercício que busca melhorar a performance é no mínimo uma ironia. Procure um profissional qualificado sempre.

Bom treino!

 

Fonte TPI

Clique aqui para mais informações no site da TPI.

 

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