Adilson da Silva
O profissional gaúcho Adilson da Silva, da equipe YKP/Azeite 1492 de golfe, continuou sua incrível escalada rumo aos Jogos do Rio 2016, neste domingo, ao ser quarto colocado do Zambia Open, torneio do Sunshine Tour sul-africano, que integra o circuito mundial de golfe.
Com esse resultado, Adilson conquistou sua terceira colocação entre os cinco primeiros dos últimos quatro torneios, incluindo um vice-campeonato no Swazi Open, também, na África, o suficiente para ganhar mais quatro posições e chegar ao 51º lugar do ranking olímpico, seu recorde pessoal. Os 60 primeiros do ranking olímpico em 11 de julho jogarão no Rio.
Adilson, que garantiu sua vaga nos Jogos 2016 com dois meses de antecipação e hoje é o único brasileiro, homem ou mulher, assegurado do golfe do Rio, vem acumulando resultados cada vez mais contundentes na corrida olímpica. Adilson tem hoje 36,97 pontos no ranking mundial de golfe, mais do que o dobro de Lucas Lee, o segundo melhor brasileiro da lista, que soma 14,19. Adilson ganhou esta semana mais 25 posições no ranking mundial, onde ocupa agora a 255ª colocação, aproximando-se de seu recorde pessoal e brasileiro, o 215º lugar a que chegou em 2013.
Reação – Depois de jogar uma abaixo do par, em sua estreia do Zambia Open, no Nchanga Golf Club, Adilson foi melhorando de resultado a cada dia, sobretudo no final de semana, quando jogou um acumulado de 11 abaixo. Ele somou 274 (71-70-65-68) tacadas, 14 abaixo do par, para terminar em quarto, a apenas uma tacada de Hennie du Plessis, terceiro colocado com 273 (72-68-66-67), 15 abaixo. O campeão foi Jaco Ahlers, com 271 (68-65-67-71), 17 abaixo, seguido por Jacques Blaauw, o vice com 271 (65-65-72-69), 17 abaixo. Os três primeiros são sul-africanos.
Para marcar pontos para o ranking olímpico, Adilson jogou, desde o começo da corrida olímpica, em julho de 2014, na Europa, Ásia, África, Oceania e América do Sul, uma maratona desgastante, mas profícua. Até o começo de junho de 2016, Adilson pontuou 18 vezes em 52 torneios válidos para a corrida olímpica, ou seja, um a cada três campeonatos, um desempenho impressionante para qualquer golfista do circuito mundial, que está cada vez mais competitivo, sobretudo depois que se decidiu pela volta do golfe aos Jogos Olímpicos. Apenas nos últimos sete torneios, num período de pouco mais de dois meses, Adilson terminou quatro vezes entre os cinco primeiros e pontuou quatro vezes para o ranking olímpico de golfe.
Patrocinadores – “Garantir vaga para defender o Brasil nos Jogos do Rio era meu sonho”, conta Adilson. “Muito de meu sonho olímpico, uma parte muito importante dele, se deve aos dois empresários brasileiros Sergio Carpi, do Azeite 1492, e Yim King Po, da YKP, que acreditaram em mim e me apoiaram desde o começo”, agradece o brasileiro. “Sei que uma medalha olímpica é difícil de ser conquistada, mas agora que estou entre os 60 finalistas olímpicos estou jogando muito mais solto, com mais confiança, e vou ter a chance de subir ao pódio num esporte onde todos que estão no campo têm oportunidade de vencer”.
“Poucas pessoas compreendem a verdadeira importância de um patrocinador num esporte como o golfe, onde os custos para se manter no circuito mundial são muito grandes”, diz o brasileiro. “Por isso, sempre ressalto a importância do Azeite 1492 e da YKP, e de Yim e Sergio, que são verdadeiros heróis do golfe brasileiro”, diz o brasileiro. “Graça a eles pude viajar pelos cinco continentes nesses dois anos em busca dos pontos olímpicos que me classificaram” conta Adilson. “Sem um patrocínio que lhe garanta tranquilidade, nenhum profissional, por mais talentoso que seja, teria chances de sobreviver no circuito mundial”, explica Adilson.
