Veja matéria divulgada pelo Comitê Rio 2016.
Projeto tem o objetivo de criar condições ideais para um expressivo aumento no número de praticantes do esporte, que retorna aos Jogos Olímpicos após hiato de 112 anos
Primeiro campo de golfe público oficial do Rio de Janeiro, o Olympic Golf Course (OGC) ainda nem começou a ser construído, mas já é considerado um dos maiores legados esportivos para a Cidade Maravilhosa. Após a realização dos Jogos Olímpicos, em 2016, o campo e suas dependências auxiliares serão abertos ao público em geral.
Mas o que significa isso na prática? Segundo o Gerente de Arquitetura de Instalações Esportivas do Comitê Organizador Rio 2016™, Gustavo Nascimento significa que o uso do campo não está vinculado a um título de sócio de um clube de golfe, o que é comum no Brasil hoje. “Qualquer pessoa poderá ir até o campo, comprar o Green Fee (como um ingresso para iniciar o jogo) e jogar. Tacos e bolas estarão disponíveis para aluguel”, disse Gustavo.
Diretor Executivo da Tanedo, empresa responsável pelo investimento e desenvolvimento do projeto e construção do OGC, Paulo Goulart de Oliveira lembrou que o conceito do projeto tem um objetivo maior: criar condições ideais para a promoção de um rápido e expressivo aumento no número de praticantes do esporte.
“Vamos introduzir uma Academia de golfe, que será a ferramenta principal deste processo por proporcionar condições para o primeiro contato com o jogo, acesso este ilimitado em termos de idade do participante e tempo de utilização”, explicou Paulo.
O complexo possuirá áreas de treinamento cobertas com base de tapete artificial e grama, climatizadas e iluminadas para a atividade noturna. Sediará eventos internacionais e, ao mesmo tempo, acolherá os amadores interessados em uma nova prática. Será a casa do golfe brasileiro, o palco ideal para o treinamento e aperfeiçoamento técnico dos atletas e para o surgimento de novas promessas.
“Desta forma, assegura-se não apenas a implementação de uma arena olímpica em condições de excelência, como também se agrega à cidade do Rio de Janeiro uma alternativa de lazer de destaque, através de um serviço de valor excepcional destinado a ser uma experiência de uso generalizado, até agora restrita aos segmentos sociais de maior renda”, considerou o diretor executivo da Tanedo.
Criar motivações para as questões ecológicas e ambientais também faz parte do projeto. Espera-se que o golfe seja compreendido como um poderoso agente de agregação social e reconhecido valor paisagístico. Adequando áreas e espaços propícios à formação de habitats naturais e de reintrodução da fauna e flora locais, o complexo funcionará como uma ferramenta de autossustentabilidade para o parque ecológico.
O campo será construído na Reserva de Marapendi, na região da Barra, que concentrará o maior número de instalações dos Jogos Olímpicos Rio 2016™. O projeto está baseado em licenciamento prévio e tem como característica a restauração do meio ambiente por processo ecogenético, com o objetivo de recompor a cobertura vegetal original. O golfe olímpico se compromete a manter e preservar toda a área.
A prática esportiva será conciliada com medidas que permitam a utilização de um mínimo de produtos químicos não poluentes e/ou biodegradáveis, que administrem recursos hídricos, gerem eficiência energética e reduzam desperdícios. O campo olímpico será certificado pela GEO – Golf Environment Organization.
O golfe é provavelmente o único produto de turismo de alto nível ainda inexistente na Cidade do Rio de Janeiro e como tal gerará volumes adicionais de receitas de serviços e empregos diversos. Programas de aperfeiçoamento de mão de obra, de conservação e preservação do meio ambiente e também da vida silvestre serão objeto de desenvolvimento, integrando a comunidade na defesa de uma melhor qualidade de vida.
Campo que será construído é o único capaz de receber os Jogos Olímpicos
Muito se especulou sobre a realização do golfe olímpico em um dos dois campos de clubes particulares do Rio: o Gávea ou o Itanhangá. No entanto, esses dois campos precisariam de investimentos tão grandes quanto aqueles que serão feitos para construir o OGC e foram descartados pelo Comitê Organizador Rio 2016™.
“Os campos não têm a qualidade técnica necessária para competições deste porte. Além disso, não contam com o espaço necessário para o overlay e construções temporárias, e principalmente não comportariam o fluxo de pessoas, tráfego, sistema de segurança e afins. Por fim, não deixariam nenhum legado para a cidade, pois são privados, além de não haver a possibilidade de serem fechados aos sócios por dois ou três anos para as obras”, disse Paulo Goulart.
O golfe retorna ao programa olímpico no Rio 2016™, após 112 anos de ausência – foi disputado pela última vez nos Jogos de Saint Louis, em 1904. Em fevereiro, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, referendou um projeto de Lei que fixou os parâmetros para a construção do Campo de Golfe nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.
O campo de golfe olímpico será o segundo campo público do esporte no Rio de Janeiro, mas o primeiro oficial, ou seja, com 18 buracos. O outro campo é o Japeri Golfe Clube, fundado em 2005, em Engenheiro Pedreira, no município de Japeri e que possui nove buracos. Para usufruir do campo, as pessoas também alugam os equipamentos para a prática do esporte.