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Barretos mantém a nostalgia dos greens de areia, que fazem parte da tradição do golfe


Ebisawa e Humberto
Foto: Andrea Caurin Correa/BTGC

Só quem conhece a história do golfe sabe a importância que os campos com greens de areia tiveram e ainda têm para o desenvolvimento do esporte. Muitos campos de golfe do Brasil começaram com greens de areia, assim como alguns dos mais famosos do mundo, como o Pinehurst No. 2, na Carolina do Norte, que teve greens de areia até 1935, um ano antes de sediar seu primeiro major. Outros campos históricos como o Royal Nepal e o Awali, esse no deserto do Bahrein, tinham greens de areia misturada com óleo. Há hoje 150 campos de golfe nos EUA e 400 na Austrália com greens de areia.

No Brasil, muitos campos começaram com greens de areia, como é o caso do campo da Brigada Militar de Porto Alegre (equivalente a Polícia Militar), no bairro Cristal, perto do hoje Hipódromo do Cristal, nos anos de 1920, e o Pelotas Golf Club, no Bairro Fraga, em Pelotas, onde todos os 5 greens eram de areia até os anos 1930, sendo mais tarde substituído pelo Campestre. Outro exemplo é o campo de Bauru, no interior paulista, que teve greens de areia de meados de 1970 até 1994.

Barretos – Mais do que o único campo de golfe com greens de areia (na verdade saibro, com uma fina cobertura de areia) na atualidade, no Brasil, o Barretos Golfe Clube, no tradicional Clube dos Ingleses, é uma joia projetada por José Maria Gonzalez. Nos anos em que residia em Livramento (RS) e trabalhava para o Frigorífico Swift Armour, José Maria pai de Mario Gonzalez – considerado o maior golfista brasileiro de todos os tempos – desenhou o campo que se tornaria parte da história de Barretos.

Desta forma, os 50 golfistas que participaram no último final de semana, dias 28 e 29 de junho, do 1º Aberto do Barretos Golfe Clube, acabam de entrar para a história do golfe paulista e brasileiro, além de terem uma experiência única. Mais do que isso, participaram de um evento grandioso, marcado por uma festa no sábado que recebeu também centenas de pessoas da cidade para a “Queima do Alho”, a tradicional comida dos tropeiros, animada por três bandas e Open Bar.

Premiados – O primeiro campeão oficial de Barretos, que valeu para os rankings da Federação Paulista de Golfe (FPGolfe) foi Humberto Coelho Júnior, que jogou em casa e venceu com 169 (86-83) tacadas, quatro à frente de Marcos Ebisawa, de Bastos, vice-campeão com 173 (90-83). No feminino, a campeã foi Eliane Kim, com 173 (89-84) tacadas, seguida por Suin Lee, com 177 (89-88). Ambas são do Clube de Golfe de Campinas.

A categoria com handicap index de 8,6 a 14 também teve dois campeões de Barretos: Tiago Bonatello Malho, campeão gross, com 167 (85-82), e Mauricio Barcellos, vice-capitão do clube, que venceu no net com 144 (73-71), seguido por Celio Kanesaki, do Imperial, com 151 (76-75). Na 14,1 a 19,4 o pódio teve Antonio Cabral, de Barretos, campeão gross com 176 (89-87); Duck Ho Lee, do Campinas, campeão net com 141 (72-69); e Nicholas Alan Steytler, também da casa, vice-campeão net com 150 (76-74).

Na 19,5 a 25,7 o domínio foi dos jogadores da casa: João Junqueira Franco foi campeão gross, com 198 (100-98), e Douglas Kowarick, o capitão do clube, venceu no net com 149 (68-81), seguido por Rodrigo Fernandes dos Reis, com 156 (78-78). Houve ainda uma categoria extraoficial de 25,8 em diante, na modalidade stableford, onde Marcel Maschietto venceu com 78 pontos, seguido por Aluísio de Paula, com 68. Ambos são diretamente filiados à FPGolfe.

Feminino – Na categoria feminina com até 16 de handicap index, Naime Ramadam Paro, do Ipê, venceu com 155 (81-74), seguida por Olivia Kim, do Campinas, com 156 (74-82). E na 16,1 a 25,7 Rosana Marcondes Domingues, de Barretos, venceu no gross com 180 (96-84). Na 16, 1 a 25,7 Renata Fioravanti foi campeã com 153 (79-74) seguida por Maria Tereza Define, com 155 (73-82). Ambas são do Ipê. E na 25,8 em diante o pódio teve duas jogadoras da casa: Rita de Cassia Sarri, com 77 pontos, e Monica Junqueira de Queiroz, com 74.

Os prêmios foram entregues por Ademir Mazon, presidente da FPGolfe; Douglas Kowarick e Mauricio Barcellos, capitão e vice do clube sede, e por Flávia Tornelo, Gerente Administrativa da JBS, empresa proprietária do campo. Todos participaram do plantio de uma muda de paineira em comemoração à filiação do clube à entidade máxima do golfe paulista.

Gratidão e Inclusão – Mazon ressaltou em seu discurso a gratidão dos dirigentes e sócios de Barretos pela filiação do clube, o que já está trazendo novos associados e incentivando o surgimento de novos golfistas para a região. O presidente da FPGolfe lembrou ainda que a inclusão é uma das palavras-chave da atual administração, que trabalha pelo crescimento do golfe como um todo.

Patrocinadores – O 1º Aberto do Barretos Golfe Clube teve patrocínio da Friboi, Credicitus, Meta Fiat, E-Shop, Unimed, Williarts, Adega Garcia, A2 e Positivo Logística, e apoios de Container Steak House, Camilo Coffe Shop, G2 Academia, Kopenhagen Centro, Empório do Grão, Grupo Joia e Pé & Cia.

 

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