A Associação dos Profissionais de Golfe do Brasil (PGA do Brasil), presidida por Luiz Martins, enviou uma carta a imprensa com críticas a Confederação Brasileira de Golfe (CBG), presidida por Paulo Pacheco.
A PGA do Brasil enumera uma longa lista de críticas a diretoria da CBG, após a falta de resposta a uma correspondência dirigida a CBG em 29 de fevereiro.
A conteúdo da carta da PGA do Brasil é a seguinte:
“A PGA do Brasil encaminha a V.Sa. cópia da última correspondência encaminhada à Confederação Brasileira de Golfe, em 29 fevereiro de 2016, sem resposta até esta data, e que está sendo distribuída à imprensa do país e autoridades governamentais.
Não obstante o nosso desejo de buscar um entendimento visando a união de propostas para que possamos oferecer oportunidade de crescimento aos jovens que se interessam pelo esporte, e aos profissionais que há anos trabalham em clubes, a Confederação Brasileira de Golfe se omite, demonstrando hoje ter uma diretoria prepotente e arrogante, ao contrário do passado, quando tinha dirigentes nascidos dentro do esporte.
Eventos como o WEB.com não oferecem aos profissionais brasileiros qualquer perspectiva de evolução, beneficiando poucos jogadores e oferecendo aos estrangeiros a maioria das vagas na competição.
Assim, podemos afirmar que apesar de contar com as benesses das Leis de Incentivo ao Esporte, a CBG trai esse objetivo, nada oferecendo em ações que levam ao desenvolvimento do esporte.
A PGA do Brasil lamenta a falta de visão da atual administração da CBG, que busca seguir um caminho unilateral, recusando-se a um entendimento nacional que certamente traria muitos benefícios para o nosso esporte.
Desde já, agradecemos pela atenção que V.Sa. dispensar ao assunto.
Atenciosamente,
Luiz Martins
Presidente”
A seguir a carta da PGA que não foi respondida pela CBG:
“CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GOLFE
At. Sr. Paulo Cezar Pacheco – Presidente
A PGA do Brasil – Associação Brasileira dos Profissionais de Golfe – responsável por congregar, preparar, capacitar e organizar os profissionais brasileiros, desde 1970, vem a vossa presença expor e solicitar sua atenção, em caráter de urgência, para dois temas de relevante importância para a imagem do nosso golfe.
A primeira é que, a partir de agora sejamos incluídos como entidade em todas as questões relacionadas com o golfe profissional, em especial no que diz respeito às Olimpíadas ou a Copa do Mundo.
Da mesma forma, enfatizamos que a inauguração do campo olímpico com o maior número possível de jogadores brasileiros na competição-teste, representa um ponto que deve ser encarado positivamente, ou seja, uma demonstração da qualidade alcançada pelo golfe brasileiro, cuja avaliação será divulgada mundialmente.
A segunda, e em especial em caráter conciliatório, é que por meio deste documento se realize um classificatório para o torneio da web.com com suficientes vagas para os nossos profissionais associados, que tanto sofrem e lutam para ter uma oportunidade dessas, e não podemos desperdiçar suas esperanças, justo na nossa casa.
Tais solicitações seriam vistas pela categoria como uma ação justa da CBG e seu interesse em valorizar e trabalhar em conjunto com os profissionais, que são os verdadeiros formadores de jogadores no país, em todos os clubes onde atuam.
Temos sido questionados cada vez mais pela mídia e profissionais sobre o que ocorre na organização do nosso golfe, por isso, entendemos que, especialmente face à proximidade dos Jogos Olímpicos, é fundamental termos um entendimento para oferecermos à mídia, ao público e entidades nacionais e internacionais, uma nova visão do nosso esporte nos dias de hoje e em relação ao futuro.
Assim, aguardamos um pronunciamento de V.Sas., o mais breve possível.
Atenciosamente,
Luiz Martins – Presidente”