Se você já passou dos 50 anos e comprovou que suas tacadas estão ficando mais curtas, qual foi sua atitude?
Pensou: Trocar de tacos? Bom faz parte do envelhecimento? Ou: de jeito nenhum, não vou deixar isso acontecer!
Fred Couples, John Houston, John Riegger, todos tem acima dos 50 anos, mas a media de distância com driver é de 290 jardas.
Lógico que estamos falando de profissionais que dedicam sua vida ao treino, com toda a tecnologia ao seu alcance e os melhores profissionais do mundo para ajudá-los.
Mas é só um exemplo de que chegar aos 50 não significa que devemos desistir de atingir o melhor nível de golfe. O maior problema enfrentado pelos jogadores de golfe hoje em dia é a luta contra o estilo de vida sedentário. Passamos longas horas sentados no computador, no carro, no sofá. Andamos curtas distâncias, subimos de escada rolante ou elevador e quando vamos pra academia, sentamos novamente em máquinas que praticamente fazem todo o trabalho de estabilização do movimento.
A consequência é muita fraqueza muscular, principalmente no centro, músculos atrofiados e encurtados, ligamentos fracos, articulações desgastadas e pouco tempo livre para tentar reverter tudo isso.
Voltando ao golfe, as principais causas da perda de distância são:
– Falta de mobilidade e estabilidade escapular. Vai determinar a amplitude do seu backswing e o plano de movimento do taco.
– Falta de força de centro. O centro é o ponto de conversão entre a energia que vem das pernas e o padrão aceleração/desaceleração que o tronco precisa realizar.
– Inabilidade de separar quadril e ombros (dissociação): A falta de mobilidade torácica (rotação) pode ser confundida com falta de separação. Quando existe instabilidade de quadril, automaticamente o tronco perde mobilidade como uma maneira de proteger sua coluna.
Se você quer evitar essa perda de distância que eventualmente vai ocorrer, sugiro que adote as seguintes recomendações:
– Elimine o carrinho de golfe do seu jogo e se possível use menos escadas rolantes, elevadores e carro. Seja mais ativo e caminhe mais. Só de caminhar mais, estará ajudando a fortalecer seu centro sem ter que fazer nenhum abdominal.
– Passe longe das maquinas de musculação. Contrate um professional que vai te assessorar a trabalhar movimentos e não músculos. A estabilizar seu corpo em exercícios funcionais e a ser mais independente e coordenado.
– Pare de se enganar com pesinho leves e series de 3 x 15. Treino de força não é fácil nem leve. Somente um treino de força bem montado vai evitar a diminuição natural da testosterona e consequente perda muscular.
– Cuide da alimentação. Estar acima do peso é um estresse nas suas articulações e no seu sistema cardiovascular.