A relação entre coordenação e distância

Foto: divulgação

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Na coluna anterior destaquei a importância de desenvolver o repertório motor do jogador de golfe e como habilidades coordenativas como rebater, pular, chutar e dançar podem ajudar a compreender e realizar um swing consistente.

Pois bem, hoje quero discutir como trabalhar a coordenação pode te garantir umas jardas a mais.

Se você foi uma criança que aprendeu a nadar cedo, jogou futebol, volley, handebol, surfou, frescobol, brincou de bambolê, dançou e correu? Parabéns, muito provavelmente dentro de você ainda existe uma grande variedade de habilidades que podem ser despertada após anos de inatividade.

Se não foi seu caso, se nunca fez esportes de velocidade e potência e se agilidade e coordenação nunca foram características suas, é possível esperar certa dificuldade.

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A habilidade de desenvolver a coordenação termina ao redor dos 16 anos e quanto mais extensa e diversificada for, melhor. Isso significa que crianças devem ser expostas ao maior número de atividades esportivas possíveis para gerar o repertório motor necessário. O desenvolvimento do atleta como um todo durante a infância é infinitamente melhor do que a especialização precoce, isto quer dizer que é mais fácil transformar um atleta num golfista, do que um golfista num atleta. A partir da adolescência, pode ser feita a escolha do esporte do futuro e começar um treinamento extensivo e intensivo se o objetivo é formar um atleta de ponta.

Voltando ao jogador de golfe adulto que teve ou não a chance de desenvolver o repertório motor, o treinamento de coordenação, propriocepção (consciência corporal) e ritmo ainda pode ser utilizado com grande sucesso no desenvolvimento do swing.

Podemos utilizar o parâmetro velocidade da cabeça do taco no momento do impacto para medir isso. Está comprovado cientificamente que a relação Handicap e Club Head Speed (velocidade da cabeça do taco) estão diretamente relacionadas. Lógico que a performance em campo não depende somente disso, existem os fatores emocionais, técnicos e táticos. Mas como método de comprovação velocidade e handicap definitivamente estão relacionados. Existe até uma formula: (club head speed)= 4.065 ? 0.0214 x handicap

Também ja foi comprovado que treinos de força, velocidade e potência proporcionam um bom aumento da velocidade da cabeça do taco, mas treinos de coordenação, transferência de peso e sequenciamento apresentam um aumento muito maior e isso tem relação não só com a velocidade máxima, mas com a eficiência da tacada. O fator Smash que pode ser traduzido como a eficiência da tacada (Velocidade da bola/velocidade do taco) melhora consideravelmente e com isso a bola atinge maior distância, por isso contato solido é preferível a um swing simplesmente veloz.

Finalizando, um jogador relativamente novo na preparação física de golfe, ao iniciar um treinamento específico, começa primeiro eliminando limitações e assimetrias. A seguir entram os exercícios coordenativos e neste momento ele deve apresentar melhora da consistência, velocidade e distância. Posteriormente iniciado o treinamento de força e potência ele deve ter um segundo aumento da velocidade e distância, relativamente menor que o primeiro, mas no total este jogador pode ganhar até 15% de aumento de distância o que pode significar 20 jardas a mais de vôo de bola.

Seu corpo é seu equipamento mais eficiente e valioso, por isso cuide dele. Procure sempre um profissional qualificado e invista no seu repertório motor.

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