Vitória de Odair Lima entre os profissionais e dois playoffs pelos títulos amadores de Andrey Xavier e Maria Eduarda Rocha foram os destaques do 76º Campeonato Aberto de Golfe do Estado de São Paulo – 2025, encerrado neste domingo, 7 de setembro, no Ipê Golf Club de Ribeirão Preto.
Os profissionais jogaram por uma bolsa de R$ 100 mil, enquanto os amadores de alto rendimento disputaram pontos para o Ranking Mundial Amador de Golfe (WAGR) e para o Ranking Nacional.
Profissionais
Único dos 21 profissionais a não jogar acima do par em nenhuma das três rodadas, Odair Lima, de Maringá, o número 2 do ranking nacional, virou o jogo no segundo dia para vencer com 213 (72-70-71) tacadas, três abaixo do par. Gustavo Teodoro, head pro do Ipê, igualou a melhor volta do domingo para ainda ser o vice-campeão, com 218 (72-70-71).
Daniel Ishii, do Itanhangá fez sua melhor volta no sábado, para terminar em terceiro, com 221 (76-71-74), seguido por Matheus Park, do Paradise, que fez um torneio de recuperação para ainda terminar em quarto, com 222 (78-72-72), Rafael Barcellos, do São Paulo, líder do primeiro dia, piorou de resultado a cada dia e caiu para o quinto lugar, com 223 (71-74-78), seguido por dois jogadores com 224: Lucas Park (76-74-74), do Paradise, e Guilherme Oda (76-77-71), do Ipê.
Amadores
A competição amadora teve um final inesperado. Depois de jogar 70 na volta final e vencer por duas, Andrey Xavier, de Brasília, recebeu uma penalidade de duas tacadas por uma infração no buraco 2 do dia anterior, quando sua bola atingiu uma das torres de energia que cruzam o campo. Pela Regra Local Modelo E-11 em vigor, se uma bola atinge a rede de energia a jogada é anulada e ela deve ser refeita, sob pena de penalidade geral (duas tacadas). Andrey não viu sua bola tocar a rede de energia e como ninguém questionou o fato no dia, entregou o cartão marcando 65 tacadas.
Domingo, após o caso vir à tona, a arbitragem ouviu os envolvidos e determinou a penalidade retroativa, que transformou seu birdie no buraco 2 em bogey e aumentou seu placar do dia de 65 para 67. Entregar um resultado menor pode levar à desclassificação de acordo com a Regra 3.3b(2)/3, mas esta regra tem uma Exceção, que mantém a penalidade mas não desclassifica o jogador que não sabia ter incorrido em penalidade antes de entregar o cartão, caso de Andrey,
Playoff
Com a penalidade retroativa, Andrey terminou o torneio com 211 (74-67-70) tacadas, cinco abaixo do par, empatado com Herik Machado, do Damha (72-69-70), levando a decisão para um playoff iniciado pelo buraco 1, seguindo para o 2, 3 e 8. Ambos fizeram par nos dois primeiros buracos extras e birdies no terceiro, de par 5. No quarto, o buraco 8, um par 4 em subida, Andrey deixou a tacada de aproximação a um metro do buraco e fez o birdie da vitória.
“O que é do homem o bicho não come”, sentenciou Andrey, o amador número 1 do Brasil e da América do Sul e 29º do WAGR. Herik, que se sentia inconfortável com o rumo que a decisão tomou, obrigando-o a enfrentar o amigo no playoff, fez jogadas arriscadas como tentar chegar ao green de drive no 1, mas teve que se conformar com o segundo lugar.
Outros destaques – Matheus Balestrin, do Porto Alegre Country Club, que saiu da disputa após um duplo bogey no 11 e bogey no 13, terminou em terceiro, com 213 (74-67-72) tacadas. Igor Cruz, do Damha, fez um torneio de recuperação. No domingo, jogou sete abaixo nos últimos 10 buracos, para ainda terminar em quarto, com 221 (79-74-68), empatado com o argentino Gonzalo Oliva Pinto, líder do primeiro dia (70-76-75).
Dois juvenis terminaram entre os Top 10: Francisco Bromberg, do Clube Curitibano, sétimo colocado, com 226 (77-71-78), e Arthur Fernandes, do São Fernando, décimo com 234 (79-75-80). Na classificação por handicaps até 8,5, o campeão foi Paulo Castilho, do Quinta do Golfe, com 214 (74-69-71), seguido por três jogadores do Ipê, com 217: André Balau (68-80-69), o vice-campeão; João Guilherme Montans (74-70-73), terceiro colocado; e Matheus Castelli (74-68-75), que ficou sem troféu.
O Aberto do estado premiou ainda o campeão e o vice-campeão scratch das categorias pré-sênior (40 a 54 anos) e sênior (50 anos em diante). O campeão pré-sênior foi Jocimário Souza, do Santa Mônica, com 237 (84-77-76), seguido por Thiago Sandoval, do Ipê, com 242 (80-84-78). Entre os seniores venceu Hélio Meirelles, do São Fernando, com 233 (75-78-80), seguido por André Balau, com 250 (79-91-80).
Feminino
A disputa do título feminino foi repleta de emoções. A juvenil Duda Rocha, do Itanhangá, começou o dia liderando por três tacadas, seguida por Lauren Grinberg, do Lago Azul, a número 1 do Brasil, que tentava vencer a competição pela oitava vez consecutiva desde 2016, só falhando os anos de 2021 e 2022, quando não participou do evento. Mas em apenas nove buracos, Lauren descontou a desvantagem de três tacadas e ainda abriu quatro de vantagem.
Mas Lauren fez um duplo bogey no 14 e bogeys nos dois buracos finais, para somar 224 (76-76-72) e empatar com Duda, que jogou os nove buracos finais com dois birdies, para também somar 224 (78-71-75) e levar a decisão para o desempate. Duda liquidou o jogo no primeiro buraco extra, o 1, onde jogou pela raia do buraco 3 e, de lá, deixou a bola dada para birdie e pôde comemorar o título mais importante de sua carreira. Lauren, ao contrário, terá dificuldade para esquecer os buracos 17 e 18, onde entregou seis tacadas na soma dos dois dias.
Domínio Juvenil
Num torneio onde as juvenis foram a grande atração, Alexa Alonso, do São Fernando, terminou em terceiro, com 236 (77-81-78), empatada com Ana Fábia Matsuzaki, de 14 anos, do Londrina (76-80-80). A seguir, terminaram as gêmeas Menga, de 16 anos, do São Fernando: Sofia em quinto, com 237 (77-79-81) e Beatriz em sexto, com 240 (78-78-84), e Maitri Peychaux, de 16 anos, do Itanhangá, em sétimo com 243 (80-85-78).
Na classificação por handicaps até 16, a campeã foi Ana Fábia, com 212 (68-72-72), seguida por Juliana Passos, do Riacho Grande, com 214 (70-76-68), e por Alexa, com 218 (71-75-72). Ana Fábia, que é deficiente auditiva, se prepara para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos para Surdos, em Tóquio, no final de novembro, como membro da delegação da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos.
Handicaps
Os amadores de handicaps mais altos competiram apenas dois dias, no final de semana, valendo pontos para os rankings da FPGolfe. Entre os homens, Juvêncio Maciel Junior, do Imperial, foi o campeão gross da categoria de 8,6 a 14, com 168 (87-81) tacadas. O campeão net foi Leandro Metzner, com 139 (69-70), seguido por Bernardo Sandoval, do Ipê, com 144 (70-74). Na 14,1 a 19,4, Ho Max Kim, do Ipê, foi campeão gross com 177 (85-92), e os melhores net foram de Jair Carmona, do Sapezal, com 135 (67-68), e de João Tomazeli, do Imperial, com 142 (68-74).
Na 19,5 a 25,7, o campeão gross foi Otávio do Val Rocha, do Ipê, de apenas 11 anos, com 171 (84-87). No net venceu Fernando Margarido, do Ipê, com 140 (73-67), seguido por Carlos Eduardo Ramos, do Lago Azul, com 144 (71-73). E no feminino, de 16,1 a 25,7, a campeã gross foi Ivaneide Silva, do Riacho Grande, com 186 (90-96), com os melhores net sendo de Ana Luiza Figueiredo, do Ipê, com 149 (71-78), e de Li Lian Mizikami, do Clube de Golfe de Campinas, com 153 (81-72).
Latino-Americano
Com esses resultados, definiu-se a equipe paulista, formada pelos líderes das categorias dos rankings da FPGolfe, após 20 campeonatos abertos jogados em 2025. Eles viajam para representar o Brasil no Campeonato Latino-Americano da Colômbia: Herik Machado (scratch), Igor Cruz (até 8,5), Leandro Metzner (8,6 a 14), Jair Carmona, do Sapezal (14,1 a 19,4), Gil Hipólito, do Sapezal (19,5 a 25,7); Eliane Kim, do Clube de Golfe de Campinas (até 16), e Ivaneide Silva (16,1 a 25,7).
O time campeão do Interclubes, que também viaja, está sendo definido nas semifinais e final, nas próximas semanas, totalizando 11 atletas. O Brasil defende o título nas duas categorias.
Premiação
Mauro Batista, diretor do torneio, apresentou a entrega de prêmios que teve a mesa composta por Ademir Mazon, presidente da FPGolfe; André Balau, vice-presidente do Ipê; Flávio Maschietto, Luiz Recchia e Geraldo Dontal, vice-presidentes da FPGolfe; e pela capitania do Ipê, com Matheus Castelli e Rafael Lian, e por Eduardo Rocha, da Tietê Agroindustrial, um dos patrocinadores do torneio.
Patrocínio
O 76º Campeonato Aberto de Golfe do Estado de São Paulo – 2025 tem patrocínios de Tietê Agroindustrial; WTC CAPITAL | BTG Pactual; Daslu; Terraverde Agro; Regatec; World Sports; Itograss; Honda Lago-San; Sementes Brejeiro; Val Rocha Engenharia; Impact Jewels; Integral Dental; Triunfae – Turnaround e Reestruturação; e Prataria Rebouças. A Federação Paulista de Golfe tem patrocínios institucionais de Forvis Mazars; Copa Airlines; Grupo Vigorito; Avant – Luz para Você; e FPG Golf Center. Record Interior SP e The Golf Brasil são as mídias parceiras. A organização é da Federação Paulista de Golfe e do Ipê Golf Club de Ribeirão Preto, com supervisão da Confederação Brasileira de Golfe e do Ranking Mundial Amador de Golfe (WAGR).
Resultados
https://cbg.bluegolf.com/