Seleção brasileria campeã do Sul-Americano
Foto: divulgação ABGS
O golfe brasileiro conquistou seu maior triunfo em muitos anos ao vencer de forma arrasadora o 45º Campeonato Sul-Americano de Golfe Sênior, disputado simultaneamente em três clubes da cidade do Rio de Janeiro – Gávea Golf, Itanhangá e Campo Olímpico –, de 20 a 24 de outubro. Como anfitrião do maior evento de golfe sênior já visto no país – com recorde de 320 atletas de dez nações –, o Brasil não só faturou o título geral, mas misturou a ousadia de novatos com a sabedoria de veteranos para erguer o troféu de campeão por equipes, o principal em disputa, pela terceira vez em quatro anos.
A celebração ganhou tons épicos com a vitória individual do gaúcho Daniel Dias, o ‘caçula’ da equipe aos 55 anos – idade mínima para competir – recém-completados em 17 de março. Daniel não só ergueu o segundo troféu mais desejado da semana, mas comandou uma invasão brasileira no Top 10, onde ficou ao lado de outros cinco jogadores da casa, incluindo Bruno Meyer Sá, também de 55 anos, (empate em segundo), Marcelo Stallone, de 64 anos, (empate em quarto) e Roberto Gomez, 69, (nono lugar), os três que completaram a equipe principal ao lado de Daniel. Os outros foram Plínio Guimarães, 58, (oitavo) e de Michel Thó, 58, (décimo).
Mais Prêmios
A festa foi completada pela conquista de mais duas das dez Copas em disputa, cada uma com o nome de um país participante: a Copa Equador, com o time formado por Constantino Ajimasto Jr., (presidente da ABGS), Fernando Braga (diretor Técnico) Fabien Dupret e Rodolfo Santos; e a Copa Bolívia, jogando com José Aparecido dos Santos, Alfredo de Larrea, Fernando Sodré e Isaac Dayan. O título de campeão geral foi calculado com base na soma de pontos de todas as copas, onde o Brasil foi ainda duas vezes vice-campeão.
No individual, além do título de Daniel Dias, o Brasil subiu mais quatro vezes no local mais alto do pódio com Marcelo Stallone, campeão da categoria de 60 a 64 anos com handicap index até 9,2, um presente pelos 64 anos completados na quarta-feira; Jair Carmona, vencedor na 65 a 69 anos com index da 9,3 a 18,2; Rodolfo Santos, ganhador de 70 a 74 anos com index 18,3 a 24,3; e José Aparecido dos Santos, primeiro colocado entre os de 70 a 74 anos, na 24,4 em diante. Os vice-campeões foram Douglas Black, na 65 a 69 anos na até 9,2 de handicap index; e Ivo de Ávila, na de 75 anos ou mais, de 18,3 a 24,3.
Gomez, Stallone, Dias e Sá campeões Sul-Americanos
Foto: divulgação ABGS
Números
No individual, Daniel venceu com 220 (72-74-74) tacadas, três à frente de Bruno, que somou 223 (73-72-78) e empatou em segundo com o argentino Mariano Olcese (75-74-74). Stallone ficou em quarto, com 228 (79-74-74); Plínio em oitavo, com 237 (84-79-74); Gomez em nono, com 238 (78-80-80) e Thó em décimo, com 239 (75-82-82).
Por equipes, valendo os dois melhores resultados dos quatro de cada dia, o Brasil venceu Copa Chile, a principal, com 440 tacadas, seguido por Uruguai (458). Na Copa Equador os brasileiros foram campeões com 231 pontos na modalidade Stableford, contra 224 da Colômbia. E na Copa Bolívia o time da casa venceu com 248 pontos, seguido por Equador, com 244.
Na classificação geral de soma de pontos em todas as copas, o Brasil venceu com 81 pontos; seguido por Colômbia (75,5), Argentina (72,5), Peru (58), Uruguai (50), Equador (49), Chile (48), Paraguai (45), Venezuela (26.5) e Bolívia (20,5). O Brasil competiu com uma seleção de 38 atletas, dos quais 17 foram premiados sendo que três deles voltaram para casa com dois troféus.
Apoteose
A festa de encerramento para quase 700 pessoas, elogiada por todos como uma das melhores da história do evento, teve jantar com entradas, pratos quentes, sobremesas e Open Bar; música ao vivo da The Big Time Band, que contagiou a plateia e colocou todo mundo para dançar, e, para encerrar, uma queima de fogos no topo do Hotel Nacional, sede do evento, e uma exibição apoteótica da Escola de Samba Salgueiro, com direito a Mestre Sala e Porta-Bandeira, que carregou também a bandeira do evento, e um show com mulatas sambistas que descontraíram até o mais sisudo dos golfistas.
Apesar do enorme desafio logístico de receber 320 jogadores com suas esposas, organizar o torneio, traslados, acomodação de taqueiras e os treinos em três campos, cada um com suas características de funcionamento, oferecer um passeio incrível para as mulheres, e organizar as festas de abertura e encerramento para quase 700 pessoas, o 45º Sul-Americano de Golfe Sênior, comandado por Grego, presidente da Federação Sul-Americana de Golfe Sênior Amador (FSGSA) e da Associação Brasileira de Golfe Sênior (ABGS), sua diretoria e voluntários, foi um sucesso tremendo, colocando o evento em um novo patamar.
Patrocínio
O 45º Campeonato Sul-Americano de Golfe Sênior teve patrocínio Master da Secretaria de Estado de Turismo do Rio de Janeiro (Setur-RJ) e patrocínios Sênior de Porto Belo Golf All Resort, Innova e Tuise. A competição teve ainda apoio de X-Fleet Frotas Exclusivas; Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro; Cachaça Saracura; Tropical Vitivinícola; Santé Clinic; GloballConsult; Ibra-Comex Brasil; Adelia Mendonça; Supra Alimentos; Hotel Nacional Rio de Janeiro; Campo Olímpico de Golfe; Gávea Golf & Country Club e Itanhangá Golf Club. A organização foi da Federação Sul-Americana de Golfe Sênior Amador e da Associação Brasileira de Golfe Sênior.
