Vitor Ohtsuki premia Mateo Pulcini
Fotos: Thais Pastor/F2
Ainda não foi desta vez que um brasileiro voltou a vencer no Santander Private Banking – 55º Aberto do São Fernando Golf Club, encerrado neste domingo, 13 de julho, em Cotia (SP). Após um playoff de dois buracos entre dois dos melhores amadores do mundo. Mateo Pulcini, defensor do título, e Herik Machado, do Damha, fizeram a melhor volta do torneio no domingo, para virar o jogo, mas o argentino conquistou o bicampeonato no segundo buraco de um emocionante desempate.
Acompanhar o duelo entre os dois, num dos melhores e mais desafiadores campos de golfe do continente, foi um privilégio. Pulcini, que acaba de encerrar a carreira universitária nos EUA e aguarda apenas o LAAC (Latin America Amateur Championship), em janeiro, antes de virar profissional, é hoje o 187º do Ranking Mundial Amador de Golfe (WAGR) e segundo melhor argentino. Herik, que retomou a carreira no golfe há pouco mais de um ano, depois de largar o esporte na pandemia, é o 51º do WAGR e segundo melhor brasileiro da lista. Ambos devem ganhar mais posições esta semana, assim o Aberto do São Fernando, que valeu para o WAGR, for computado.
A disputa pelo título foi ainda realçada pelo chileno Clemente Silva, que começou o dia líder, uma à frente de Mateo e Herik. Ele não foi tão bem como dos dois adversários que jogaram a seu lado no pelotão, mas fez quatro birdies e jogou duas abaixo nos nove buracos finais, para terminar em terceiro, com 210 (71-70-69) a duas tacadas do playoff, e foi o único entre os 44 jogadores da categoria scratch a não jogar acima do par no três dias.
Duelo – Pulcini virou o jogo ainda na primeira metade do campo ao fazer três birdies, sem bogey, e começar os nove buracos finais com três abaixo, duas à frente de Herik e Clemente, que vinham empatados em segundo, com uma abaixo. Pulcini, que bate mais de 300 jardas de drive, teve duas chances de selar o destino do jogo ao chegar com duas nos buracos 13 e 17, de par cinco, mas errou o eagle em ambos, por muito pouco, para fazer birdies.
Herik, que jogou quatro abaixo de volta, desperdiçou a chance no 13 ao errar o approach por cima da banca que o deixou na areia para fazer par, mas embocou de longe no 17, seu terceiro birdie em quatro buracos, para empatar o jogo. No 18, um par 4 curto, ambos foram com a primeira para a banca a direita do green, de onde não saíram tão bem e deram dois putts para empatar o jogo: Pulcini com 208 (72-70-66) e Herik com 208 (73-69-66), cinco abaixo do par. Eles e Clemente (-3) foram os únicos a terminar abaixo do par.
Playoff – No primeiro buraco extra, novamente no 18, Herik voltou a bater drive, mas errou pela esquerda e foi parar na raia do 17, muitos metros abaixo do green elevado em frente à sede. Pulcini voltou a bater ferro 3 e deixou a bola na beira do green. Herik deu uma boa tacada para a bandeira, mas sua bola atravessou o green rolando e foi parar na banca, de onde fez apenas o par. Pulcini tinha dois putts para vencer, mas deu três, para empatar mais uma vez o jogo.
No segundo buraco extra Herik bateu madeira 3 para pouco antes da entrada do green, uma boa posição para atacar a bandeira curta. Mateo, ainda de ferro 3, foi novamente para a beira do green, à esquerda. Após uma boa tacada que passou um pouco a bandeira, Herik errou o putt de volta, de menos de meio metro, reconhecendo a vitória de Mateo, que havia deixado sua bola dada.
Destaques – Outros dois brasileiro foram destaques no torneio, a começar por Matheus Balestrin, número 3 do Brasil, que melhorou uma tacada por dia para terminar em quarto com 213 (72-71-70) tacadas, o par do campo. O outro foi Eduardo Matarazzo, do São Fernando, que não teve uma boa semana, mas ainda terminou em quinto, com 217 (76-69-72), empatado com o paraguaio Benjamin Fernandez (73-70-74).
Os demais Top 10 nunca jogaram abaixo do par. Ramiro Veiga, da Argentina, terminou em sétimo, com 219 (73-75-71), seguido por Guilherme Ziccardi, do Clube de Campo, ficou em oitavo com 227 (77-77-73), empatado com Igor Cruz (77-73-77), do Damha, e por Jocimario Souza, do Santa Mônica, líder do primeiro ainda, que terminou em décimo, com 228 (71-80-77).
Mais premiados – Jocimário, no entanto, foi o campeão da categoria com até 8,5 de handicap, com 216 (67-76-73) tacadas, três acima do par. Geraldo Carvalho, do Santa Mônica, foi o vice-campeão, com 218 (77-71-70), seguido por Jack Huang, do São Fernando, com 219 (74-76-69). Na 8,6 a 14 o campeão gross foi Tiago Porto, do Quinta da Baroneza, com 248 (83-84-81) tacadas, e os melhores net de William Muniz, do Riacho Grande, campeão com 218 (77-73-68), e de Célio Kanesaki, do Imperial, vice com 219 (78-69-72).
Houve ainda uma categoria sênior scratch, que jogou dos mesmos tees da 8,6 a 14, dominada pelos jogadores do São Fernando. Hélio Meirelles venceu de ponta a ponta com 230 (74-76-80) tacadas, seguido por Francisco Pinheiro Guimarães, com 242 (82-81-79), e por Rodrigo Somlo, com 248 (85-81-82).
Premiação – Pedro Garcia, capitão do São Fernando e diretor do torneio, apresentou a entrega de prêmios que teve a mesa composta ainda por Rodrigo Somlo, presidente do clube; Flavio Maschietto, vice-presidente da Federação Paulista; Vitor Ohtsuki, Head do Santander Private Banking. No final, houve sorteio de brindes.
O Santander Private Banking – 55º Aberto do São Fernando Golf Club – 2025, teve patrocínio master de Santander Private Banking; patrocínios VIP de Itograss e Lefosse Advogados; e apoios de Cyrela, Matrix, Terraverde, Totvs, Áurea, RQ, Berckmann Wine Cellars e BSS. A organização foi do São Fernando, com supervisão da Federação Paulista de Golfe, Confederação Brasileira de Golfe e do Ranking Mundial Amador de Golfe.
Resultados
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