Campo Olímpico de Golfe
Foto: Gabriel Heusi/Portal Brasil
O Rio de Janeiro se prepara para receber um dos eventos esportivos mais prestigiados da América do Sul: o 45º Campeonato Sul-Americano de Golfe Sênior, que ocorrerá de 20 a 24 de outubro em três icônicos clubes da cidade.
O Campo Olímpico de Golfe, na Barra da Tijuca; o Gávea Golf & Country Club, em São Conrado; e o Itanhangá Golf Club, no Itanhangá, serão os palcos dessa competição, reunindo 320 jogadores de 10 países sul-americanos: Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Venezuela e Uruguai. Com a maioria dos atletas viajando acompanhados de esposas e familiares, o número total de visitantes diretos envolvidos sobe para cerca de 800 pessoas, que permanecerão na cidade pelo menos de 19 a 25 de outubro.
Estima-se que o evento movimentará mais de US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 26,5 milhões) em uma semana, considerando despesas com transporte aéreo, hospedagem, traslados, alimentação, lazer, compras e taxas de inscrição. Além de favorecer o segmento de turismo de luxo — hotéis cinco estrelas, restaurantes sofisticados, aluguel de carros de alto padrão ou táxis ou serviços executivos —, o Sul-Americano Sênior também gerará impacto direto em trabalhadores de menor renda. Mais de 200 caddies, auxiliares que carregam as bolsas de tacos, receberão R$ 1.000 cada por quatro dias, totalizando R$ 200 mil.
Público Especial
Gávea Golf & Country Club
Foto: Ricardo Fonseca/F2 Comunicação
Os turistas de golfe destacam-se por gastar até 120% mais que visitantes comuns e por permanecer o dobro do tempo nos destinos, segundo a International Association of Golf Tour Operators (IAGTO), que reúne 2.400 membros em 93 países, incluindo operadores turísticos especializados, resorts, hotéis e campos de golfe, que juntos controlam mais de 90% dos pacotes de férias de golfe vendidos no mundo. Isso faz dos golfistas o segmento mais desejado pela Indústria do Turismo.
Relatório da World Travel & Tourism Council (WTTC) mostra que o mercado global de Turismo de Golfe movimentou US$ 26,3 bilhões em 2024, com um crescimento sustentável de 9% ao ano após a pandemia. A projeção é que até 2034 o mercado do Turismo de Golfe movimente US$ 62,3 bilhões globalmente. A IAGTO estima que os golfistas representam entre 5 e 10% dos turistas em destinos especializados no esporte, uma meta mais do que factível para o Rio de Janeiro, que une o melhor do golfe a atrações conhecidas mundialmente.
Potencial de Crescimento
Itanhangá Golf Club
Foto: Ricardo Fonseca/F2 Comunicação
A cidade do Rio de Janeiro, que sediou a volta do golfe aos Jogos Olímpicos, em 2016, e o Brazil Open de Golfe, do PGA Tour América, em 2024 e 2025, é um dos destinos que têm maior potencial de crescimento na América do Sul quando se trata do turismo internacional. O Rio de Janeiro recebeu o recorde de 6,8 milhões de visitantes no primeiro semestre de 2025, mas tem grande espaço para crescimento no segmento internacional, que foi de 17,5%, de acordo com as secretarias de Desenvolvimento Econômico (SMDE), Turismo e a Riotur.
O público que mais pode potencializar essa tendência de crescimento do Rio de Janeiro como destino de golfe internacional, é justamente o dos seniores (55 anos ou mais). São jogadores que pertencem prioritariamente à Classe A, com alto poder aquisitivo, estilo de vida dedicado a experiências de qualidade e acostumados a escolher destinos que ofereçam infraestrutura de golfe de alta qualidade, como é o caso de Rio de Janeiro, com seus três campos de padrão internacional, entre eles o único construído no mundo especialmente para os Jogos Olímpicos.
São esperados na cerimônia de abertura do Sul-Americano, dia 20 de outubro, no reformado Hotel Nacional, um dos ícones da cidade, ao lado do Gávea Golf, embaixadores, cônsules e outros representantes das nações visitantes, além de autoridades municipais, estaduais e federais, que irão testemunhar um grande passo para tornar o Rio de Janeiro como a “Capital Tropical do Golfe”.
