Depois de garantir o direito de defender o Brasil nos Jogos do Rio 2016 com nove semanas de antecipação, o gaúcho Adilson da Silva, da equipe YKP/Azeite 1492 de golfe, voltou a pontuar no ranking mundial pela segunda semana consecutiva e a consolidar sua posição no ranking olímpico, com um Top 20 no AfrAsia Bank Mauritius Open, encerrado neste domingo, no Four Seasons Golf Club de Anahita, em Maurício, país integrado por várias ilhas e arquipélagos do oceano Índico, 800 km a leste da ilha de Madagascar.
Com bolsa de € 1 milhão em prêmios, o Mauritius Open valeu para os rankings da Europa, Ásia e África (Sunshine Tour), três dos quatro maiores circuitos profissionais do mundo.
Adilson, que havia melhorado de resultado a cada dia e chegou a estar entre os 10 primeiros na volta final, tomou um susto na segunda metade do campo quando três bogeys consecutivos o derrubaram para a 18ª colocação, com 293 (74-73-72-74) tacadas, no limite de pontuação para o ranking mundial, que ia até o 20º lugar. O 18º lugar bastou para o brasileiro ganhar quatro posições no ranking mundial, onde passou a ser o 271º colocado, muito à frente do segundo brasileiro da lista, Lucas Lee, que é o 447º. Mesmo que não estivesse classificado por mérito próprio e com sobras para os Jogos do Rio 2016, Adilson teria a vaga reservada ao país sede.
Um a cada três – Este foi o segundo torneio consecutivo e o terceiro dos últimos cinco, em que Adilson pontua para os rankings mundial e olímpico de golfe, série que inclui dois Top 5 em menos de dois meses, sendo um quarto lugar no Indian Open, do Tour Europeu e Asiático, e um vice-campeonato no Swazi Open, do Sunshine Tour sul-africano. Desde que a corrida olímpica começou, em julho de 2014, Adilson da Silva já pontuou 17 vezes em 52 torneios, ou seja, marcou pontos em um a cada três campeonatos, um desempenho impressionante no circuito mundial.
Adilson acumula 12 colocações entre os 10 primeiros nesse período, sendo seis Top 5 e três vice-campeonatos conquistados em quatro continentes. Uma maratona de jogos que custa muito caro, mas com a qual Adilson não se preocupa graças ao patrocínio do Azeite 1492 e da YKP. “Pela primeira vez em minha carreira em tenho o patrocínio de empresas brasileiras que acreditaram em mim e isso tem sido fundamental para me permitir jogar tranquilo”, diz o brasileiro. “A visão e o amor pelo esporte dos empresários Sergio Carpi, do Azeite 1492, e Yim King Po, da YKP, foram decisivos para que eu realizasse esse sonho de jogar uma Olimpíada pelo meu país”, agradece Adilson, que recentemente passou a ter também uma ajuda de custo do Comitê Olímpico Brasileiro.
Rio 2016 – Pontuar novamente foi fundamental para Adilson manter a posição no ranking olímpico, apesar do ataque de Siddikur Rahman, de Bangladesh, vice-campeão em Maurício, que ganhou 32 posições no ranking mundial para passar a ser o 274º do mundo e subir de quarto reserva para 54º no ranking olímpico, carimbando seu passaporte para o Rio 2016. Adilson permanece como 53º na lista dos 60 classificados para os Jogos Olímpicos.
O torneio no campo desenhado por Ernie Els foi jogado em condições extremas, com apenas os dois primeiros colocados em Maurício terminando abaixo do par. O campeão, de virada, com 282 (69-70-71-72), seis abaixo, foi o coreano Jeunghun Wang, que venceu seu segundo torneio consecutivo para chegar a número 70 do mundo. Rahman, de Bangladesh, que liderou desde o primeiro dia, tropeçou na volta final para terminar em segundo, com 283 (68-72-69-74). O argentino Estanislao Goya terminou em terceiro, no par do campo, empatado com o belga Nicolas Colsaerts, que graças a este resultado ganhou um posto no ranking olímpico, passando para o 51º lugar, com Angelo Que, das Filipinas, caindo para 52º.